Laboratório Interdisciplinar de ensino, pesquisa e extensão em sexualidades – AFRODITE

Programação do 1° Encontro Bafo – Moda e Dissidências Sexuais e de Gênero:

1 / SETEMBRO / 2021

13h30-17h / Apresentação de Trabalhos

Mediação: Franklin Marques e Natalia Rosa (Organizadora)

Transmissão: Zoom

• Ana Lourdes de Aguiar Costa – Um vestido fora de moda? Critérios de valor e questões de gênero na vida social do vestido de Maria Bonita no Museu Histórico Nacional

• Karla Beatriz Barbosa de Oliveira – TUTU, MULHER E ESPORTE: CONTROLE DE DISCURSO PELO VESTIR

• Ana Luiza Franco de Moura Monteiro – “Boys don’t cry”: o emo e a performance da masculinidade

• Fênix Zion – MOD.AIDS: experimento de imagem/moda decolonial

• Jessica Oliveira, Grace Kishimoto – EXPERIÊNCIA PARA UMA VISÃO PANORÂMICA DO QUE SE ESTIMA QUE SEJA MODA SEM GÊNERO

• Helvio Tavares – CABELO NÃO TEM GÊNERO: UM OLHAR ATIVISTA SOBRE OS ESPAÇOS DE BELEZA NO BRASIL

• Rafaela Oliveira Borges – MODA E CORPORALIDADE DRAG: A PRODUÇÃO DE DIFERENTES EXPRESSÕES ARTÍSTICAS

18h-21h / Abertura do Evento e Mesa 1: Qual a importância da moda para pessoas LGBTQIAP+?

Mediação: Jamilie Souza (Organizadora)

Transmissão: Youtube

A moda hegemônica pode servir como uma tecnologia de reprodução dos gêneros e sexualidades dominantes, mas, historicamente, roupas, acessórios e estéticas corporais também foram (e são) usadas para subverter essa norma. Pessoas LGBT+s, especialmente não brancas, reviram a moda há séculos, criando outras possibilidades de expressão e construção de si, para fora do padrão de existência branco cisheteronormativo. Na dissidência estética, reside potência criativa e de vida. Com isso em mente, convidamos para conversar sobre a importância da moda e construções estético-corporais de pessoas LGBT+, junto com suas intersecções, Caroline Ricca Lee, Jamine Miranda (Preta Caminhão), e Xãtana Xãtara.

Convidades: 

Caroline Rycca Lee 

Artista, curador independente e pesquisadore no Núcleo de Estudos sobre Marcadores Sociais da Diferença (Numas/USP). Fundou em 2016 a primeira coletiva feminista na luta por equidade de gênero pelo viés asiático-brasileiro, a Plataforma Lótus. Sua obra debruça-se em pensar o corpo como território, em uma cartografia marcada por raça, gênero, sexualidade, emoção. Ainda, se propõe como sujeito do conhecimento nas intersecções de práxis entre arte, política e academia para questionar o corpo social, sendo suas principais áreas de estudo: interseccionalidade e decolonialidade, relações raciais e identidade asiático-brasileira, gênero e suas múltiplas subversões.

Jamine Miranda

Jamine Patricia Guedes Miranda tem 29 anos é Historiadora, Mestre em Educação, Pesquisadora, Educadora Social, Podcaster – PretaCast Caminhão e Criadora de Conteúdo pela página Preta Caminhão desde 2017. A página surgiu com o intuito de compreender e visibilizar as vivências de mulheres lésbicas negras que não performam à feminilidade imposta socialmente e questionar afinal “o que é ser mulher na nossa sociedade”, “quais são os signos e símbolos carregados por ser mulher”, “quais são as lutas diariamente empreendidas por lésbicas negras”.

Xãtana Xãtara

Trans indígena em contexto urbano. Corpo em retomada, movimenta-se a partir do artesanato – trabalhando enquanto designer e estilista da marca @xyboia. Atualmente foca seu trabalho no resgate da ancestralidade e na construção e validação de outras perpectivas, considerando o contexto urbano também enquanto uma manifestação e resistência originária.

2 / SETEMBRO / 2021

13h30-17h / Apresentação de Trabalhos

Mediação: Carla Costa e Ian Habib

Transmissão: Zoom

• Paulo de Oliveira Rodrigues Junior – TODA BICHA USA SWAROVSKI? FAZER POLÍTICA NO TRAJE TÍPICO DO MISS BRASIL GAY

• Eric B. Fraga – FANTASIAS, FICÇÕES E EROTISMO: ANÁLISE DAS CAPAS DA REVISTA G MAGAZINE DE 1997 A 2001

• Fabiano Eloy Atílio Batista, Glauber Soares Junior, Débora Pires Teixeira, Ítalo José de Medeiros Dantas – TRANSGRESSÃO NA PRIMEIRA PÁGINA: MULHERES TRANS NAS CAPAS DAS REVISTAS

• Guilherme V. Calixto – (RE.DES)CONSTRUÇÃO (À PROCURA) DO EU

• Madh Faé – MODA, ARTE E EMERGÊNCIA ESTÉTICA: AS PRODUÇÕES DE ESTILERAS E FUDIDA SILK

• Renata Cristiane Santiago, Graziela Breitenbauch Moura, Taiza Kalinowsk Anselmo – A ANTROPOMETRIA DO PÉ FEMININO E MASCULINO VOLTADA À CONSTRUÇÃO DO CALÇADO TRANSGÊNERO

• Mateus Aparecido de Moraes – MUSAS E MODISTAS. MULHERES-TRANS QUE FAZEM MODA NA ATUALIDADE

19h-21h / Mesa 2: A diversidade está na moda?

Mediação: Lino Gabriel Santos (Organizador)

Transmissão: Youtube

A luta dos movimentos LGBTIAP+ por espaço e reconhecimento vem de longa data, por outro lado, algumas visibilidades acabam por criar uma ilusão de destaque, que não está de acordo com avanços em direitos para essas populações. Esses paradoxos e inquietações, apropriação do capitalismo das nossas lutas e o modo como se dão as representatividade nas marcas de moda são os principais objetos de discussão da mesa “A diversidade está na moda?”. Partindo de seus trabalhos teóricos e práticos, convidamos Vicenta Perrota, Ariel Nobre e Heloísa Santos para pensar as consequências e estratégias para burlar as práticas hegemônicas coloniais e cisheteronormativas que incidem sobre os corpos de grupos dissidentes.

Convidades: 

Ariel Nobre

Ariel Nobre é artista e comunicador. Diretor do filme Preciso Dizer que Te Amo sobre a valorização da vida de homens trans que ganhou o prêmio de Melhor Filme no Goiânia Mostra Curtas em 2019. Em 2020, lançou o Trans Mercado, programa de desenvolvimento profissional para comunidade trans. Hoje, Ariel é diretor executivo do Observatório da Diversidade na Propaganda, entidade setorial que visa acelerar a inclusão de LGBTI na indústria da comunicação.

Heloisa Santos

Heloisa Helena de Oliveira Santos é pesquisadora na área de relações étnico-raciais no Brasil e de teoria social do feminismo negro. Junto ao Coletivo Moda e Decoloniadade (CoMoDe) e à Rede de Estudos Decoloniais em Moda (REDeM), propõe a descolonização da moda brasileira. É Professora EBTT no Instituto Federal do Rio de Janeiro, Doutora em Design pela PUC-Rio e Mestre em Sociologia e Antropologia pela UFRJ.

Vicenta Perrotta 

Estilista e coordenadora do espaço Atelie TRANSmoras que é um espaço de produção artística que apoia outros projetos de pessoas Trans. Conhecida por produzir roupas e acessórios  a partir de materiais de descarte da indústria têxtil,  e transformá-las em novas peças, que dialogam, discutem e questionam o comportamento de consumo, principalmente o de moda. Trabalhando através da ressignificação de consumo  a artista desconstrói as questões de gênero nas roupas, como por exemplo o binarismo. Padrões estéticos, como por exemplo a gordofobia. Machismo, racismo e transfobia, também são temas que a estilista  problematiza e questiona em suas criações formando um elo de compromisso não só com a sustentabilidade, mas também com o empoderamento dos corpos abjetos! Seu trabalho desconstrói o conceito de consumo e atrela a suas peças, uma visão  alternativa para consumir e identificar comportamentos impostos pela indústria que são desnecessários para a nossa vida contemporânea.

 

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O Encontro Bafo está com inscrições abertas para submissão de resumos!

Os trabalhos devem ser submetidos no formato de Resumo e devem conter entre 1.000 e 2.000 caracteres, em fonte Calibri, tamanho 12, e espaçamento de 1,5 cm, seguindo, obrigatoriamente, a seguinte estrutura: explicitação do tema e suas implicações sociais; objetivos; metodologia e abordagem (enfoque epistemológico).

Quem pode enviar resumos?

TODAS as pessoas que estejam interessadas na discussão sobre moda e vestuário a partir das diversas áreas dos saberes a partir das perspectivas feministas, transfeministas, cuír, negras, indígenas, quilombolas, decoloniais, da deficiência e de classe.

Quais trabalhos você pode submeter?

Pesquisas acadêmicas concluídas ou em andamento, performances, relatos de experiências ou outras formas de expressão, desde que as propostas tenham aderência ao tema do evento.

Acesse o edital e o template de resumo:

Edital – 1o Encontro Bafo

Template de Resumo – 1 Encontro Moda e Dissidencias Sexuais e de Genero

 

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E chegou o momento: estão abertas as inscrições na modalidade Participante para o 1º Encontro BAFO: Moda e Dissidências Sexuais e de Gênero, a ser realizado online nos dias 1º e 2 de setembro de 2021.

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Para se inscrever:

1 – Solicite sua inscrição no site da UFSC, disponível em: http://inscricoes.ufsc.br/activities/6203

2 – Com a inscrição homologada, faça login em https://grupos.moodle.ufsc.br e selecione “1º Encontro Bafo”. No Moodle, constarão todas as informações do evento e de submissão de trabalhos.

3 – Preencha o formulário de confirmação de inscrição para fins de certificação: https://forms.gle/9UsPZhSHJhrvbS5AA

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Siga nossa página no Instagram: https://www.instagram.com/encontrobafo/

 

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O 1º Encontro BAFO: Moda e Dissidências Sexuais e de Gênero está nascendo e tem como objetivo incentivar pesquisas sobre os temas de dissidências sexuais e de identidades de gênero e suas intersecções em relação aos estudos de moda, colaborando com a construção coletiva do conhecimento na temática.

O BAFO vai acontecer nos dias 1 e 2 de setembro de 2021, e está sendo promovido e pensado pelo Laboratório Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão em Sexualidades – AFRODITE-UFSC-CNPq (@afrodite.ufsc), filiado ao Instituto de Estudos em Gênero IEG-UFSC (@iegufsc), a Coletiva de Estudos Às Avessas: moda, gênero, sexualidade  e decolonialidades (@_asavessas) e a REDeM: Rede de Estudos decoloniais em Moda.

Siga nossa página do Instagram e acompanhe a programação completa do evento: @encontrobafo

Arte Gráfica: Felipe Tinky (@felipetinky) e Juno Nedel (@junonedel)