História
A HISTÓRIA
O nascimento do Afrodite se deu, quase ao acaso, em meados de 2020, ano marcado pela pandemia mundial do COVID-19, que levou a UFSC a decretar suspensão das atividades presenciais, e também de ensino, no primeiro semestre.
Com as atividades de ensino suspensas, o foco dos docentes e também de estudantes passou a ser as atividades de pesquisa e extensão.
Em maio, profa. Olga Regina Zigelli Garcia recebeu um e-mail da estudante de enfermagem Camila Duarte de Castro manifestando seu desejo, e também de colegas do curso de psicologia, em participar de grupo de estudo na temática de sexualidade.
Apesar de trabalhar com a temática há mais de 20 anos no Curso de Graduação em Enfermagem, profa. Olga não tinha um grupo de estudos em sexualidades e, a partir deste e-mail, percebeu que era chegado o momento de criar um grupo de pesquisa, institucional registrado no diretório de pesquisas do CNPq, nesta temática .
Partindo da premissa de que o mesmo deveria ser marcadamente interdisciplinar, iniciou os primeiros contatos com Ale Mujica Rodriguez (médico, doutore em Saúde Coletiva, pessoa trans não binária), Lino Gabriel dos Santos (prof. do IFSC, doutorando em antropologia, pessoa trans) e com a profa. Laís Antunes Wilhelm (enfermeira obstétrica, mulher cis) a fim de construírem juntos o grupo de pesquisa.
Foram dois meses de trabalho em equipe com estas quatro pessoas para elaborar os objetivos, regimento, linhas de pesquisa e inscrever o grupo na plataforma de grupos de pesquisa do CNPq.
Assim, em 26 de junho de 2020 nasce oficialmente o Laboratório de Ensino, pesquisa e extensão em sexualidades – AFRODITE
O PORQUÊ DO NOME AFRODITE
Afrodite é a deusa do amor, da beleza e da sexualidade da Mitologia Grega.
Ela foi considerada a personificação do ideal de beleza dos gregos na Antiguidade. E, na Idade Moderna serviu de inspiração para diversos artistas do Renascimento.
Na Grécia antiga, sobretudo nas cidades de Esparta, Atenas e Corinto, ela foi cultuada e associada aos prazeres carnais. Por isso, era também considerada a protetora das prostitutas e daí surge o termo “afrodisíaco”.
O PORQUÊ DO UNICÓRNIO
O unicórnio é um ser mitológico emblemático, já que sua representação física e comportamental muda de acordo com o período histórico e com a localização geográfica. Geralmente, esse animal é retratado como um cavalo (normalmente branco na fase adulta), com apenas um chifre (corno) no centro da cabeça, por isso o nome “unicórnio”: só um chifre.
A origem do tema do unicórnio é incerta e se perde nos tempos. O nascimento deste mito é impreciso, nenhum estudioso alcançou ainda a dimensão de sua origem
Sua representação é tão abrangente que está presente desde o Ocidente até o Oriente, desde os mais remotos tempos até os dias atuais, sendo assim, ao longo da história, foi fazendo parte do imaginário humano e se tornando símbolo místico em várias culturas e religiões milenares. Os unicórnios aparecem nas artes medieval e renascentista. Seu símbolo era cultuado e reverenciado na Índia e na China, da Antiguidade, há milênios antes de Cristo. Na Grécia Antiga, por volta do Ano 2 (d.C), o unicórnio figurava como mito, associado à força e à pureza. Na Idade Média, passou a ser relacionado, pelos cristãos, com a Virgem Maria e a força do Espírito Santo. Podemos encontrar o unicórnio nas antigas bandeiras da China; na biografia de Confúcio; nas obras artísticas da cultura Helenística.
Assim como todos os outros animais fantásticos, não possui um significado único.
Talvez o mais conhecido seja de que seus chifres e pelos teriam propriedades curativas e eram cobiçados por caçadores. No entanto, como seria um equino extremamente veloz e forte, sua captura era praticamente impossível e o único meio de caçá-lo seria com a ajuda de uma virgem, pois o unicórnio se sentia atraído por uma criatura tão inocente como ele mesmo. Somente desta maneira, o animal se tornaria uma presa fácil para seus captores.
O unicórnio não tem sexo definido, o que lhe confere uma indefinição de identidade de gênero e um questionamento ao binarismo de gênero.
Um dos significados dados ao seu chifre é a sexualidade.
Partindo da premissa de que não há UMA sexualidade e sim uma diversidade de sexualidades e tendo em vista que quem trabalha com a temática da sexualidade tem que estar aberto a todas as possibilidades de ser/estar no mundo, o AFRODITE escolheu o unicórnio para representar sua logo.
Em sua crina foram colocadas as cores de todas as bandeiras relativas à sexualidade. O roxo está marcado nas duas versões por ser a cor que representa o feminismo que é um tema transversal a todas as discussões do grupo.
